terça-feira, 3 de maio de 2011

O dia em que os franceses brigaram

Sabe aquele post dos franceses amáveis? Foi amplamente relativizado hoje. De repente, os franceses estavam sarcásticos e brigando - por sorte, entre eles, não comigo.

De manhã, na escola, a professora gentilmente disse que quem decide a hora do intervalo é ela. Também aprendi umas frases sarcásticas.

Antes de entrar no ônibus, um carro da empresa pública de luz parou em cima da calçada e o motorista abriu a porta... justamente em cima de um ciclista, que foi jogado no chão, no meio da rua. Poderia ter se machucado seriamente, porque ele caiu ao lado de um carro em movimento. Não se machucou, mas saiu gritando "Canard, canard". Pelo menos, foi o que entendi. Descobri que canard não é só pato por aqui.

Entro no ônibus - cheio - e uma senhora sentada tranquilamente coloca o pé no banco da frente. Um senhor, indignado, reclama ao homem ao lado, que diz não ter nada a ver com isso, usando inéditos palavrões na forma reflexiva. Os dois concordam, mas passam uns cinco minutos discutindo mesmo assim. O primeiro senhor repete que é falta de educação muitas e muitas vezes. A senhora, impassível, nem olha para o lado e continua ocupando dois lugares no ônibus com gente em pé. O segundo senhor pergunta ao primeiro o que ele leva em uma sacola plástica. O primeiro senhor responde ser água. O segundo senhor diz: melhor fosse vinho, te deixaria mais calmo.

Os casos continuam, mas o post ia ficar longo.

Estou achando que aqui eles gostam mais da segunda-feira do que da terça-feira.

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